quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Se meu Palio falasse...


Terça-feira, nublado, um legítimo dia com cara de coisa nenhuma... aqueles dias em que a vontade é a de dormir, dormir e dormir mais (tá bom, eu sei que tenho isso todos os dias!). Consulta marcada em outra cidade, mais de uma hora de estrada daqui. Depois de ouvir todas as suaves recomendações de mamãe, do tipo "não vá querer dar uma de gostosa na estrada que tu sabe que o teu carro não aguenta" (tadinho do júnior), ajeitei tudo e fui. 

No posto, calibrando pneus e abastecendo, aproveitei para arrumar o endereço no GPS do meu irmão. Sim,  peguei emprestado porque eu demoro umas 3x para decorar exatamente o caminho, já que presto atenção apenas ao que é absolutamente necessário, ou seja, em não bater meu júnior (o carro) e nem sair da estrada! Além disso, tem uns mil radares até lá, uma pessoa distraída feito eu certamente iria a falência em menos de 50 quilômetros. Lá fui, facera, sem os cabelos esvoaçando (sim, porque o júnior é 1.0, mas tem ar condicionado!), sem o bração na janela (coisa de quem tá suando no carro e quer pegar um ventinho no suvaco), e com os óculos escuros (estilo A MOSCA, protege até as sobrancelhas). Nunca vi tanto caminhão na minha vida, basicamente de três em três, e eu ali, firme no júnior, esperando uma reta de uns 2 quilômetros pra poder ultrapassar (potentíssimo o carro).

Entrei na cidade numa boa, esperando a mulherzinha do GPS falar comigo... e ela nada! Já estava lá no fim do mundo (mais um pouco estava no uruguai), quase chegando no absoluto NADA, quando resolvi olhar o que raios a mulherzinha estava fazendo que não falava comigo. Adivinha se a antinha que aqui vos escreve não tinha programado o endereço errado? Pois é! Aí apelei para o bom e velho método de parar o carro e perguntar pra alguém na rua. A moça me disse "Ahhh, não é difícil, você só passou umas 15 quadras"... Segui as instruções e consegui encontrar a dita clínica.

Clínica encontrada, mais um tempo tentando entender como é que se preenchia aqueles bagulinhos que tem que colocar no estacionamento rotativo da cidade em questão. Aqui na minha ainda não tem isso, então fiquei eu lendo as instruções do treco... Quando comecei a preencher parecia a maníaca do preenchimento dos bagulinhos, já que aquela médica, normalmente, me faz esperar uma bagatela de umas 3 horas, e os tickets eram de meia hora cada um. Mil tickets preenchidos depois, pude finalmente sair do carro.

Chá de cadeira um pouco menor que o esperado, só tive que descer uma vez para colocar mais tickets no carro, de resto tudo bem. Na volta, saindo da cidade, me achando o último salame do porão, ouvindo uma musiquinha e dirigindo tranquilamente quando POOOFFFF (nessa hora eu quase infartei), um objeto voador não identificado atingiu o meu carrinho com vontade. Nem vou contar que perdi o controle do carro com o susto (mas foi só um segundo, até que o meu instinto ninja se coordenasse novamente), ainda bem que não tinha nenhum carro do meu lado. Resultado da operação: muitos litros de combustível a menos, problemas com a auto-estima devido à dificuldades com o GPS e os tickets de estacionamento, bunda achatada e coluna arrebentada, muitos reais a menos na minha carteira e um parabrisa com um quebradinho charmoso pra eu olhar todos os dias. Não, eu não troquei o vidro e nem pretendo, ainda. Vou ficar fiscalizando o aumento dos riscos, se trincar bem mais, aí eu vejo o que faço... será que cola com fita adesiva?

Ok, é pra eu ver o lado positivo? Tá, pelo menos ainda não está chovendo dentro...