terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nóis trupica mais num cai...


Para reabrir o Espasmos com chave de ouro, nada melhor do que mais uma da série “essas coisas só acontecem na minha vida” (apesar de eu saber que vocês já passaram por muitas iguais, só que não confessam).
Estava eu voltando do trabalho para a minha casa, um pouco antes da hora do almoço. Um sol de rachar, dia lindo, eu no alto de uma sandália de salto lindíssima, as unhas dos pés enfeitadas com umas florzinhas coisa mais amor, os cabelos esvoaçando ao vento e o mp4 bombando Rick Martin... (impressionante como esse homem é sempre a trilha sonora de fundo das minhas maiores cagadas. Vou banir ele dos meus aparelhos de som todos!).
A exatamente uma quadra da minha casa, eis que tropeço forte... Isso quer dizer que foi uma bruta de uma topada, que quaaaase me derrubou e me deixou com aquela cara de “What the porra was that?”, porque eu, pra variar, não tinha visto a coisa que se parou no meu caminho. Como eu não caí, me equilibrando novamente no salto, sorri e pensei “ufa, eu sou foda”! Já estava agitando os cabelos e arrumando o Mp4 no lugar (no tropeção ele quase foi parar no asfalto), quando senti uma coisa morninha no meu pé...
Sim, tive que conferir o que era, e descobri, com um arrepio feroz nos pêlos da nuca (sim, DA NUCA!) que o meu pé esquerdo estava absolutamente ensopado em sangue e a unha do dedão parecia a primeira página de um livro, ABERTO (uixxxx). Pensei em sentar no meio fio e chorar, mas achei melhor ir andando até em casa, já que era só uma quadra. Pose de Lady, caminhando com classe e o pé virado no saci de tanto sangue.
Nisso peguei o celular e liguei pra minha mãe, calma e controladamente...
- Mãe, por favor, pega o carro e vem aqui em casa, porque eu acabo de arrancar quase toda a unha do dedão numa topada, tá doendo pra caralho e eu não tenho nem um “bandaid” em casa.
Minha mãe chegou, me ajudou a limpar o treco, mas nenhuma de nós teve coragem de arrancar de vez aquele corpo estranho. Então fizemos o que toda mulher faz em uma hora de aperto... apelamos para um homem! Meia hora de espera e lá estava o doutor, rindo da minha cara porque eu ficava falando um monte de abobrinhas sobre como o meu pé estaria arruinado sem as flores (claro, tinha que pensar em coisas fúteis e imbecis, senão eu pensava na dor).
O doutor, como todo homem, não teve dó nem piedade... chegou perto, desconversou, sorriu e VAAAAAPU... arrancou a seco, sem anestesia e nem me levou pra jantar primeiro!!! Depois ficou rindo da minha careta, quando eu mandei ele tirar o dedo de cima do meu dedão porque tava ardendo pra cacete! Nisso ele me olha e diz:
- Mas poxa, eu só estava fazendo um carinho... (imaginem a minha cara com essa!).
Enfim, a enfermeira colocou meio tubo de pomada, o doutor enfaixou tanto que parecia mais uma amputação de membros, e eu fui trabalhar ainda com aquela sandália, mas parecia o dedão do ET. Entrei na reunião com toda equipe onde trabalho, e o chefe me diz:
- Fiquei sabendo o porque do seu atraso e, quando me contaram, chegou arrepiar todos os pêlos do meu braço...
Pois é, pra vocês verem que, diante de cada situação, cada pessoa arrepia os pêlos de um lugar diferente... seis meses depois e eu agora já tenho metade da unha devolta... quem sabe no ano que vem eu já possa voltar a pintar as florzinhas...


Muuuito feliz em voltar a escrever nesse espaço, é um prazer estar reabrindo o Espasmos depois de tanto tempo! Os posts antigos estão aí, mas todos estão como postados pela MILA (mesmo os textos meus e de Flavinha) porque foi ela que carregou o backup. Os que eu, Anne, escrevi estão sem os comentários, que eu acabei perdendo nessa brincadeira de deleta e arruma, mas estão aí também! O Layout é provisório, nem sei se as meninas aprovam esse ou não, porque não deu tempo de perguntar! Enfim, tava tão enrolado isso de abre ou não abre que eu resolvi abrir e pronto (por favor, sem trocadilhos...)! Espero que vocês gostem, estamos devolta!!!!!!!!